Nos estádios, ele é um torcedor como qualquer outro. Na labuta do trabalho diário, um comerciante do ramo de carne bovina no Mercado Público de Piripiri. Em casa, um implacável memorialista, anotando todos os jogos do 4 de Julho e os artilheiros colorados desde a fundação da equipe, em 1988. Este é o perfil de Simplício Neto (foto), que acompanha, a cada jogo, a caminhada de Pretinho rumo ao 100° gol.
Branco, como Simplício também é conhecido, já tem cerca de 10 cadernos com todos os jogos do time colorado. Mesmo quando residiu em Teresina, não perdia o contato com dirigentes, jogadores ou jornalistas, a fim de não desperdiçar qualquer jogo disputado pelo 4 de Julho. É bem verdade que alguns ele gostaria de não ter anotado.
"Aquela final contra o Flamengo, em 1988, quando o Etevaldo fez um gol de mão. A vontade que eu tive foi de não anotar aquele jogo. A mesma coisa aconteceu com aquela goleada que sofremos em Parnaíba, por 6 a 0. Mas o lado de historiador fala mais alto e tudo está registrado", afirma.
Acompanhando o 4 de Julho desde seu início, o torcedor-historiador não titubeia quando perguntado sobre qual o melhor time que viu jogar pelo 4 de Julho: "Foi aquele do Ademir Patrício e Jorge Veras. Ali era uma seleção. Não teve outro igual". Sobre os grandes ídolos, cita o próprio Ademir Patrício e o atacante Pretinho.
O sonho de Simplício é ver essa história transformada num livro sobre o 4 de Julho. Já foi procurado algumas vezes, mas não houve prosseguimento no projeto. Seu trabalho já mereceu homenagem como um dos torcedores que fazem parte da história do clube. História que ele pretende continuar registrando a cada jogo disputado.
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