Jogando por música

QUARTA-FEIRA, 02 DE OUTUBRO DE 2013

Gol de Baltazar

O título do Campeonato Paulista de 1954 - comemorativo ao IV Centenário da Cidade de São Paulo - conquistado pelo Corinthians, inspirou o compositor Alfredo Borba, que compôs a marchinha Gol de Baltazar. Com ela, tanto homenageou o Corinthians quanto seu artilheiro, o histórico atacante Baltazar, apelidado Cabecinha de Ouro pelos inúmeros gols que assinalava com a cabeça. Na interpretação, o Coro da Fiel.



Gol de Baltazar, gol de Baltazar
Salve o Cabecinha, 1 a 0 no placar
 (repete mais uma vez)

O Mosqueteiro
Ninguém pode derrotar
Carbone é o artilheiro, espetacular,
Cláudio, Luizinho e Mário
Julião, Roberto, Idário
Homero, Olavo e Gilmar
São os onze craques
Que São Paulo vai consagrar






QUINTA-FEIRA, 29 DE AGOSTO DE 2013

O Filho da Excelência



Amazan é um artista conhecido pela vasta obra popular. O futebol, de alguma forma, entrou na sua história. E para a história do música e do anedotário do futebol também. Se você já conhece, vai recordar. Se ainda não conhece, vale a pena ouvir com atenção.

Hoje a nossa polícia
 Está muito fiscalizada
 Por isso é que cabra ruim
 Deixou de levar mãozada
 É, porque antigamente
 Cabra metido a valente
 Quando um soldado pegava
 Ficasse com foi num foi
 Era cada tapa ôi
 Que o mocotó entrançava.

Hoje a polícia não pode
 Mais dar cacete em ninguém
 Cinegrafista amador
 Em toda janela tem.

Mas antes tinha uns soldado
 Daquele mal encarado
 Na rota da bacurau
 Que andava cum farnezim
 Procurando cabra ruim
 Pra dar um samba de pau.

Até que um certo dia
 Às duas da madrugada
 O quartel passou um rádio
 A bacurau foi chamada Pra ir prender um rapaz
 Que andava tirando a paz
 E o sono do pessoal
 Com o som do carro ligado
 Passando em sinal fechado
 E dando cavalo-de-pau.

A bacurau fez fiapo
 Para o local indicado
 Não demorou encontrar
 O rapaz embriagado
 Tinha descido do carro
 Tava comprando cigarro
 Mas quando espiou de lado
 Viu o camburão parando
 E o soldado pulando
 Já com o braço levantado.

Foi pulando e foi dizendo
 - Teja preso, seu safado
 Mas antes eu vou lhe dar
 Um murro tão condenado
 Que tu vai rolar no chão.
 Aí o boy disse: _Meu irmão
 Tenha calma, tu tá quente
 Bater em mim ninguém vai
 Senão eu conto a meu pai
 O juiz Manoel Vicente.

O soldado deu um freio
 Que o coturno cantou
 Uma travada no braço
 Que o cotovelo estalou.
 Aí o cabo disse: -Junim,
 Rapaz, tu aqui sozim
 Essa hora biritando
 Vamo pra casa, danado
 Teu pai tá preocupado
 E a gente lhe procurando!

Aí levaram Junim pra casa
 Bateram numa janela
 Manoel Vicente saiu
 Com os ói chei de remela.
 Aí o cabo disse: -Doutor
 Esse filho do senhor
 Estava um pouco alterado
 Não podíamos prendê-lo
 Achamos melhor trazê-lo
 Em casa ele está guardado.

E nisso Manoel Vicente
 Nem sabia o que fazer
 Olhando para a polícia
 Começou a agradecer:
 Ô, que polícia educada
 - Muito bem rapaziada
 Gostei da iniciativa
 Quando de mim precisar
 Basta só me procurar
 Lá na Liga Desportiva.

O soldado franziu a testa
 E virou como um girassol
 Você está me dizendo
 Que é juiz de futebol?!
 Pobre de Manoel Vicente
 Respondeu todo contente:
 - Sim, o melhor do estado!
 Aí não disse mais nada
 Levou uma burduada
 Que caiu de cu trancado.

Deram um cacete em Junim
 Que o mijo espirrou no chão
 Jogaram os dois pelo fundo
 Das calças no camburão
 Pobre de Manoel Vicente
 Preso inocentemente
 Sem ter feito nada errado
 Junim sem uma pestana
 E os dois passaram a semana
 Vendo o sol nascer quadrado


SÁBADO, 01 DE DEZEMBRO DE 2012

Fio Maravilha

O SITE DO BUIM hoje recorda um dos maiores sucessos do binômio futebol-música popular brasileira: Fio Maravilha, a composição que Jorge Ben Jor, ainda apenas Jorge Ben, compôs para idolatrar um grande ídolo e depois se viu diante de um grande processo e uma polêmica maior ainda.

A história começou numa noite de sábado, 15 de janeiro de 1972, já no 2° tempo do jogo Flamengo (Rio de Janeiro) x Benfica (Portugal), no Maracanã. O jogo estava empatado em 0 a 0 e a torcida do Flamengo pedia que o técnico Zagallo colocasse Fio Maravilha, então no banco de reservas e favorito a figurar no próximo listão de dispensa. O pedido da torcida foi atendido e Fio entrou no lugar de Arilson.

Aos 33 minutos do 2° tempo, ele construiu a obra-prima que inspirou Jorge Ben (ainda sem o Jor acrescido ao seu nome artístico). Driblou dois zagueiros, venceu o goleiro José Henrique e deu a vitória ao Flamengo com um gol sensacional que mereceu, ao final da partida, o seguinte comentário de Zagallo: “Fio só entrou porque Arilson sentiu o joelho, mas a verdade é que me surpreendeu. Não posso pensar em dispensar um jogador que faz um gol desses”.

Apaixonado torcedor do Flamengo, Jorge Ben estava no Maracanã e testemunhou o gol que lhe inspiraria a compor um dos mais consagrados sucessos de sua carreira. No mesmo ano, a música Fio Maravilha, defendida por Maria Alcina, venceu o Festival da Canção promovido pela Rede Globo. Jorge também gravou sua canção e com ela vendeu milhões de discos.

Alguns anos depois, Jorge Ben foi processado e deixou de cantar a música em seus shows. Mais tarde, regravou-a com novo título e nova letra, com uma sucinta alteração: de Fio para Filho Maravilha. Em 2009, o programa Esporte Espetacular, da Rede Globo de Televisão, produziu ampla reportagem, reconciliando criatura e criador. Para o bem de todos e felicidade geral da nação... rubronêgra.

O JOGO

FLAMENGO 1x0 BENFICA (Torneio Internacional de Verão); Local: Maracanã (Rio de Janeiro); Data: 15/01/1972 (sábado); Arbitragem: Aírton Vieira de Moraes, o Sansão; Renda: Cr$ 282.727,00.

Gol: Fio Maravilha 33 do 2° tempo.

Flamengo – Ubirajara; Aluísio, Fred, Reyes e Paulo Henrique; Rodrigues Neto, Liminha e Paulo Cesar Caju; Rogério, Caio Cambalhota (Samarone) e Arilson (Fio Maravilha).

Benfica – José Henrique; Malta da Silva, Messias, Rui Rodrigues e Artur; Toni, Victor Martins (Adolfo) e Diamantino; Nenê, Jordão e Simões.

A CANÇÃO

  E novamente ele chegou
Com inspiração
Com muito amor, com emoção,
Com explosão em gol
Sacudindo a torcida aos 33 minutos
Do segundo tempo
Depois de fazer uma jogada
Celestial em gol
Tabelou, driblou dois zagueiros,
Deu um toque, driblou o goleiro
Só não entrou com bola e tudo
Porque teve humildade em gol
Foi um gol de classe onde ele mostrou
Sua malícia e sua raça
Foi um gol de anjo
Um verdadeiro gol de placa
Que a galera agradecida assim cantava
Fio Maravilha, nós gostamos de você
Fio Maravilha, faz mais um prá gente ver




QUARTA-FEIRA, 26 DE SETEMBRO DE 2012

É uma partida de futebol

A música que escolhi para o Jogando por Música desta postagem é um grande sucesso da Banda mneira Skank. A composição é de autoria de Samuel Rosa e Nando Reis. É o tipo da melodia que não envelhece. Confira a melodia no clip abaixo. Tem vários na internet. Este é ótimo, com alguns memoráveis, como os antológicos dribles de Robinho.


Bola na trave não altera o placar
Bola na área sem ninguém pra cabecear
Bola na rede pra fazer o gol
Quem não sonhou em ser um jogador de futebol?

A bandeira no estádio é um estandarte
A flâmula pendurada na parede do quarto
O distintivo na camisa do uniforme
Que coisa linda é uma partida de futebol

Posso morrer pelo meu time
Se ele perder, que dor, imenso crime
Posso chorar, se ele não ganhar
Mas se ele ganha, não adianta
Não há garganta que não pare de berrar

A chuteira veste o pé descalço
O tapete da realeza é verde
Olhando para bola eu vejo o sol
Está rolando agora, é uma partida de futebol

O meio-campo é lugar dos craques
Que vão levando o time todo pro ataque
O centroavante, o mais importante
Que emocionante, é uma partida de futebol

O meu goleiro é um homem de elástico
Os dois zagueiros tem a chave do cadeado
Os laterais fecham a defesa
Mas que beleza é uma partida de futebol

Bola na trave não altera o placar
Bola na área sem ninguém pra cabecear
Bola na rede pra fazer o gol
Quem não sonhou em ser um jogador de futebol?

O meio-campo é lugar dos craques
Que vão levando o time todo pro ataque
O centroavante, o mais importante,
Que emocionante é uma partida de futebol !

Utêrêrêrê, utêrêrêrê, utêrêrêrê, utêrêrêrê







SEGUNDA-FEIRA, 03 DE SETEMBRO DE 2012

O Moço de Três Corações (acróstico)

Em 1971, Pelé despediu-se da Seleção Brasileira. Três anos mais tarde, foi a vez de abandonar o Santos Futebol Clube. Inspirado em suas despedidas, os compositores Marques Filho e B. de Almeida criaram O MOÇO DE TRÊS CORAÇÕES, gravada por um dos autores - Marques Filho - que, artisticamente, era conhecido pelo pseudônimo de Noite Ilustrada. É nossa sugestão de hoje no Jogando por Música.


Em uma cidade pequena
Do meu estado também
Sereno calmo manhoso
Ordeiro como ninguém
Nasceu Pelé, nasceu Pelé

A maravilha negra de um mundo novo
Rei de um grande povo
Amante do futebol
Num estádio qualquer
Todos gritavam de pé, vai Pelé, vai Pelé
Ele com humildade
Sombrio e sem vaidade

Dominava a bola no peito e no pé
Olhava um companheiro deslocado

Não dava passe, que não fosse acertado
Ai a torcida vibrava com seu lançamento
Sentindo a emoção da partida em cada momento
Corria os noventa minutos causandlo emoções
Impondo a arte, que trouxe de Três Corações
Mas percebendo o momento o gramado deixou
E a torcida gritando com ele chorou
Na sua tristeza estava estampada alegria
Tantos anos de glória, nos gramadas que corria
O rei agora, está nos braços da família




SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2012

Hino do Sampaio Correa Futebol Clube

Entre os hinos dos inúmeros clubes do futebol brasileiro, alguns marcam pela beleza poética, outros pela melodia, muitos deles pela facilidade no cantar e outros também pela interpretação. O do Sampaio Correa se encaixa em quase todos esses predicados. A bonita melodia e a poesia do hino sampaino, de autoria do compositor maranhense Agostinho Reis, é quase uma dádiva para os apaixonados simpatizantes do campeão maranhense.

E o que dizer da interpretação, confiada a um dos grandes nomes da musica romântica brasileira, Alcides Gerardi? O intérprete de Antonico, Vítimas Iguais e outros sucessos do passado, gravou a canção "boliviana" com rara inspiração, soltando sua bela voz e imortalizando, com rara beleza, uma das mais belas páginas do dueto música-futebol. Já se passam mais de trinta anos da morte do cantor, falecido em acidente automobilístico a 03/01/1978.

Mas da mesma forma como escreveu seu nome na história da música romântica, o gaúcho Alcides Gerardi também o fez na história do futebol como intérprete da gravação oficial do Hino do Sampaio Correa Futebol Clube, de São Luis. Um presente que só a Bolívia Querida ganhou, mas que todos nós devemos desfrutar. Então, o que você está esperando? Aprenda a letra, de Agostinho Reis, e ouça a melodia.


Sampaio Correa
A Bolívia querida de maior torcida neste Maranhão
Sampaio Correa
Do nosso esporte o mais antigo esquadrão
Sua camisa encarnada, verde e amarelo
Veste gigante do esporte em constante duelo
Sampaio Correa, time de escol
Maior torcida tradição em futebol



QUARTA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2012

Obrigado, Pelé!

Em 1971, quando Pelé decidiu que iria fazer sua despedida da Seleção Brasileira, foram muitas as comemorações em torno do Rei do Futebol. Uma programação especial foi feita pela CBD, hoje CBF, incluindo os jogos contra as seleções da Áustria (no Morumbi) e da Iugoslávia (no Maracanã), ambos com a cobertura completa da Rádio Pioneira de Teresina que, com Dídimo de Castro e Carlos Said, justificou o nome e foi a pioneira do rádio piauiense em transmissões de jogos da seleção brasileira.

O compositor Miguel Gustavo, que fez estrondoso sucesso com sua Prá Frente Brasil, aproveitou aquele momento real do futebol e compôs Obrigado, Pelé. A gravação foi feita pelo grupo MPB 4 e o sucesso inevitável. Comercializada em disco vinil, Obrigado Pelé dividiu o compacto simples com a faixa Perdão Não Tem, composição do próprio Pelé, gravada por ele mesmo e Elis Regina.

Refrão
Todo mundo sambando com a bola no pé
Obrigado Pelé, olé,
Obrigado Pelé, olé
Obrigado Pelé
(repete o refrão)

É a glória, do sempre humilde e sempre igual
Negão, tricampeão ao natural
Lutou e só de gol fez mais de mil
Fez gol até na história do Brasil,
O Mil, Gol de Pelé
(repete o refrão)

Você tem o seu clube eu tenho o meu
Escrete, cada país possui o seu
Mas quando Pelé balança o marcador
Em todo o mundo grita o torcedor
De pé, Gol de Pelé
(repete o refrão)

Galera, a tua fera vai sair
De pé, com toda fé toda a coragem
Os campos de todo o mundo a aplaudir
Meu povo o Rei Pelé pede passagem
Olé, gol de Pelé
(repete o refrão)




TERÇA-FEIRA, 10 DE JULHO DE 2012

The eyes of Texas are upon of you


Traduzindo: os olhos do Texas estão sobre você. Este tema musical faz parte da trilha sonora do filme Assim Caminha a Humanidade. Ao ouvi-lo, porém, a primeira lembrança que vem está relacionada com o futebol. Ao longo dos anos da década e 1960 e 1970, embalou os programas e transmissões esportivas da Rádio Bandeirantes de São Paulo, ficando conhecido como o logoton da Bandeirantes. Uma bela melodia que vale a pena ouvir de novo.

DOMINGO, 24 DE JUNHO DE 2012

O hino da Sociedade Esportiva de Picos

Confesso que não disponho, em minhas anotações, do nome do compositor e do intérprete do hino da Sociedade Esportiva de Picos, que ilustra este Jongando por Música. Se algum leitor aí de Picos puder contribuir com a informação, seria interessante para que o nome dos autores e do intérprete pudesse constar neste espaço. Enquanto a informação não chega, vamos cantar com a SEP.




Sociedade Esportiva de Picos
Tua torcida sempre ousa exaltar
Teu futebol jogado com alegria, raça e categoria
Vem a todos conquistar
No Piauí serás sempre o primeiro
Tuas glórias conquistadas para sempre vão brilhar
SEP SEP SEP sempre SEP
O povo picoense por ti é muito feliz
Proeza picoense tua torcida te conduz


SEP SEP SEP
Primeiro entre os grandes campeões
SEP sempre SEP
Orgulho para os nossos corações

A tua história, Amarelão querido
És o primeiro campeão do interior
Teu nome será sempre exaltado
Zangão eterno e amado
Nosso grande campeão


SEP SEP SEP
Primeiro entre os grandes campeões
SEP sempre SEP
Orgulho para os nossos corações



TERÇA-FEIRA, 19 DE JUNHO DE 2012

AQUI É O PAÍS DO FUTEBOL

Fernando Brant e Milton Nascimento são os autores de uma das composições que mais fielmente retrata a paixão do povo brasileiro pelo futebol. AQUI É O PAÍS DO FUTEBOL foi gravada por vários cantores, mas a interpretação de Wilson Simonal também ajuda a dar, a este verdadeiro hino, a cara do futebol e do torcedor brasileiro. É do início dos anos 70.


Brasil está vazio na tarde de domingo,
Olha o sambão, aqui é o país do futebol
Brasil está vazio na tarde de domingo, né?
Olha o sambão, aqui é o país do futebol

No fundo desse país
Ao longo das avenidas
Nos campos de terra e grama
Brasil só é futebol
Nesses noventa minutos
De emoção e alegria
Esqueço a casa e o trabalho
A vida fica lá fora
Dinheiro fica lá fora
A cama fica lá fora
Família fica lá fora
A vida fica lá fora
E tudo fica lá fora

Brasil está vazio na tarde de domingo, né?
Olha o sambão, aqui é o país do futebol
Brasil está vazio na tarde de domingo, né?
Olha o sambão, aqui é o país do futebol

No fundo desse país
Ao longo das avenidas
Nos campos de terra e grama
Brasil só é futebol
Nesses noventa minutos
De emoção e de alegria
Esqueço a casa e o trabalho
A vida fica lá fora
Dinheiro fica lá fora
A cama fica lá fora
A família fica lá fora
A vida fica lá fora
O salário fica lá fora
E tudo fica lá fora

Brasil está vazio na tarde de domingo, né?
Olha o sambão, aqui é o país do futebol
Brasil está vazio na tarde de domingo, né?
Olha o sambão, aqui é o país do futebol

No fundo desse país
Ao longo das avenidas
Nos campos de terra e grama
Brasil só é futebol
Nesses noventa minutos
De emoção e alegria
Esqueço a casa e o trabalho
A vida fica lá fora
Dinheiro fica lá fora
A cama fica lá fora
A mesa fica lá fora
Salário fica lá fora
A fome fica lá fora
A comida fica lá fora
A vida fica lá fora
E tudo fica lá fora




QUINTA-FEIRA, 07 DE JUNHO DE 2012

Hino da Sociedade Esportiva Tiradentes

Jogando por Música focaliza o hino oficial da Sociedade Esportiva Tiradentes, composto em 1973. Os autores, à época, eram oficiais da Polícia Militar do Piauí: Geraldo Souza Câncio (letra) e João de Aguiar Costa (música). A interpretação desta gravação original é do cantor João de Deus, também militar da PM.


Ante a alegria incontida
Do mafrense a vibrar
Aparece o Amarelão
Da Polícia Militar

Equipe campeã de emoções
Torceremos por ti
Para revolucionar
O esporte das multidões
No nosso novo Piauí

Tiradentes, tua turma
De craques é varonil
Vitórias, vitórias, vitórias,
Por todos os rincões do Brasil
Vitórias, vitórias, vitórias,
Por todos os rincões do Brasil



DOMINGO, 27 DE MAIO DE 2012

Frevo do Bi

Frevo do Bi, composição de Silvério Pessoa, gravada por Jackson do Pandeiro, marcou época por ocasião da conquista do bicampeonato mundial pela Seleção Brasileira, no Chiele, em 1962. A simplicidade da letra e a interpretação de Jackson do Pandeiro foram fundamentais para o sucesso daste frevo que tornou-se uma das mais populares melodias na história do dueto música-futebol.


Tão popular que inspirou os editores do jornal paulista A Gazeta Esportiva a estampar, em letras garrafais, no dia da estréia de Garrincha (ex-Botafogo), Nair e Ditão (ex-Ferroviária) com a camisa do Corinthians, em 1966, o sugestivo título "VOCÊS VÃO VER COMO É, DITÃO, NAIR E MANÉ".

 Vocês vão ver como é
Didi, Garrincha e Pelé
Dando seu baile de bola
Quando eles pegam no couro
O nosso escrete de ouro
Mostra o que é nossa escola

(Repete esta 1ª parte)

Quando a partida esquentar
E Vavá de calcanhar
Entregar a pelota a Mané
É Mané Garrincha a Didi
Didi diz é por aqui
Aí vem o gol de Pelé
Goooooolllllllllllll

(Repete a 2ª parte)



QUARTA-FEIRA, 16 DE MAIO DE 2012

O hino do Barras Futebol Club

Jogando por Música hoje focaliza o hino do Barras Futebol Club (com b mudo mesmo). Fundado em 15 de novembro de 2004, o time da Terra dos Governadores teve seu hino composto e gravado por um filho da terra – Francy Monte, o mesmo autor do histórico Tigrão no Nacional, que embalou a torcida piauiense durante muitas conquistas do Tiradentes nos campeonatos brasileiros da década de 1970. Canção e vitórias que fizeram, do músico, torcedor do Amarelão da PM.

Aliás, não teria indicação melhor para a autoria do hino do Bafo (como gostam de chamá-lo seus torcedores), afinal de contas, Francisco das Chagas Oliveira, o Francy Monte (Barras-PI, 02/01/1955), já havia composto, muitos anos antes, o hino oficial da própria cidade de Barras. A gravação do Hino do Barras data de 2007, ano em que o time realizou sua melhor campanha em um Campeonato Brasileiro, ficando entre os oito melhores da Série C.


Meu coração é só felicidade
Quando o Leão sai da toca
Um grito de vitória
Ecoa na cidade
Quando o Tricolor barrense joga
Vermelho, azul e branco são as cores
Das camisas, da bandeira, da paixão
Dos governadores, terra dos amores
Da bola no estádio coração
Bravos torcedores, grandes jogadores
Barras é um time campeão
É mais um gol do Bafo
E só correr pro abraço
Explode a torcida de emoção
É mais um show do Bafo
É Barras um timaço
É a vez do povo gritar campeão




QUINTA-FEIRA, 10 DE MAIO DE 2012

Adão você pegou o barco furado

Ser um atleta de futebol e conseguir jogar num grande clube, é privilégio para bem poucos no universo imenso de profissionais que atuam em todo o país. Jogar num grande clube e ainda por cima no Corinthians Paulista, da inflamada Gaviões da Fiel Torcida, nem se fala. E o que dizer se, além disso tudo, consagrar-se num clássico contra o rival Palmeiras? Melhor que tudo isso – se é que ainda existe motivo para querer um pouco mais – só sendo imortalizado também na Música Popular Brasileira.

Pois bem. Adão Ambrósio, um mineiro de Mariana, nascido em 17 de outubro de 1951, o Adãozinho para o mundo do futebol, conseguiu tudo isso. Embora tenha sido outra grande promessa que jamais se realizou plenamente, ganhou notoriedade depois de marcar um gol da distância de 40 metros no consagrado goleiro palmeirense Leão, na célebre virada corintiana pelo Campeonato Paulista de 1971, quando, depois de estar perdendo por 3 a 2, terminou derrotando o Palmeiras por 4 a 3.

No Corinthians, apesar das contusões, muitas delas em decorrência de focos dentários, Adãozinho jogou 253 partidas entre 1971 e 1978, marcando 19 gols e conquistando o histórico título de Campeão Paulista de 1977. Depois do Corinthians, ele ainda jogou no Coritiba (PR), Rio Negro (AM) e Portuguesa Santista (SP), conquistando o título de campeão amazonense em 1982.

Adãozinho atravessou sérios problemas de saúde, ficando internado no Hospital Rim e Hipertensão, em São Paulo, vindo a falecer no dia 12 de junho de 2011.. Ele sofria, há anos, com problemas causados pelo diabetes. Quando Rivellino deixou o Corinthians, depois da perda do título de 1974, o compositor e cantor Bebeto resolveu homenagear Adãozinho com a canção Adão Você Pegou o Barco Furado, gravada em 1975.


 
Você está com tudo garoto
E não tá prosa
Você está com tudo garoto
E não tá prosa
Camisa 10, chuteira, meia e calção
Como é que é Adão
A galera não é mole não
Como é que é Adão
A galera não é mole não
Você pode passar até por dez
Matar no peito, chutar forte, fazer gol
O sapo canta, o time perde, o povo chora
Você lamenta e fica triste com razão
Mas de nada você é culpado
Você já pegou o barco furado
Mas de nada você é culpado
Você já pegou o barco furado
Largaram uma bomba em suas mãos
Você sente a falta do velho Tião
O meio campo anda Russo preocupado
Você lamenta e fica triste com razão
Mas de nada você é culpado,
Você já pegou o barco furado
Mas de nada você é culpado
Você já pegou o barco furado
Adão, não entre mais nessa não



SEGUNDA-FEIRA, 01 DE MAIO DE 2012

O primeiro hino do futebol piauiense

Aproveitando este 1° de maio, quando o Parnahyba Sport Club entra na contagem regressiva para o seu centenário, vamos homenageá-lo neste Jogando por Música. Foi o hino oficial do Parnahyba Sport Club, composto em 29 de janeiro de 1919, como música de Ademar Neves e letra de R. Petit, o primeiro a ser composto no futebol piauiense. O hino foi editado pela Editora Bevilacqua e C., do Rio de Janeiro. Anos mais tarde, a Câmara Municipal de Parnaíba aprovou-o como hino oficial da cidade.

Ó Parnahyba,
Teu nome exprime
Em nosso peito
Ardor sublime

Que nos inspira, nos exalta,
a todo instante,
Ouvindo sempre, dá vitória,
a voz vibrante.
O verso altivo
No embate rudo,
Transforma o peito
Em brônzeo escudo.
É quem dá luta
Todo o ardor não liba,
Ao som do brado:
Salve, ó Parnahyba!?
Nasceste ao brilho
Da paz bendita,
Que sobre nós
Fulge e palpita

Não há receios, nem rumores, nem canseira
Para quem preza a tua impávida bandeira.


Do nosso esforço,
Vem a surgir
A glória excelsa
Em teu porvir.

(Estribilho: e quem dá luta...)

À doce sombra
Da paz suprema,
Progredir sempre
É o nosso lema.

Onde a bravura destemida, enfim, assume,
Nos lembra a terra que te deu grande nome.


O herói altivo
No embate rudo
Transforma o peito
Em brônzeo escudo

(Estribilho: e quem dá luta...)


QUARTA-FEIRA, 25 DE ABRIL DE 2012

Rock da Pelada

Você lembra da música Festa de Arromba, um dos maiores sucessos da Jovem Guarda, na voz de Erasmo Carlos? Pois bem. Esta Festa de Arromba inspirou a dupla Carlos Roberto e Cury a compor, muitos anos depois, o Rock da Pelada. Foi uma maneira de reunir vários ídolos da década de 1970 numa pelada jogada na praia.

Repare que, entre os atletas citados, nomes consagrados do futebol brasileiro. E alguns conhecidos do futebol piauiense, como Lula, então jogador do Fluminense e que em 2002 foi técnico do River, e Dirceu Lopes, do Cruzeiro, que marcou o 1° gol no Albertão. A música foi gravada por José Roberto e fez parte do seu LP Adaptação, lançado em 1976, mesmo ano em que, no dia 26 de agosto, o volante Geraldo, do Flamengo, citado na música, morreria em decorrência de uma cirurgia de amigdalas.



Uma pelada bem diferente
Outro dia eu fui apitar
Só tinha jogador de primeira
Também não precisava pagar
A praia estava cheia de gente para o jogo espiar
A turma da TV e do Rádio fez a preliminar

Logo no início do jogo
Rivellino deu aquele chutão
Mas como o campo era de areia
Sem a natural marcação
Marinho lá na área
Fez falta e ninguém viu
Roberto Dinamite de raiva explodiu
Miguel entrou no lance, desfez a confusão
Mas Zico, na saída de Wendell, fez o gol com a mão

Começando tudo de novo
Palhinha fez o seu carnaval
Geraldo já mandava no jogo
O Lula, Jairzinho e Doval
Flexa entrou de ponta, em cima do Amaral
Chicão deu um carrinho, bebeu agua com sal
Gil chutou de longe, Leão saiu legal
Por causa de um montinho de areia
O jogo ficou igual


Quando o sol já ia se pondo
E tudo estava por acabar
Marco Antonio achou que já era hora
Do seu gol de falta marcar
Orlando na barreira, gritava para o Dé
Cuidado com o Nelinho, que tem bomba no pé
Dario jogou areia, Zanatta chutou mal
E a bola foi voando prá longe e se perdeu no canal

PARTE FALADA

No fim da noite, ainda estavam chegando muitos jogadores
O Vaguinho estava querendo uma vaguinha
O meu amigo Carlos Roberto
O Cafuringa, Dirceu Lopes,
O Ademir da Guia, Zé Maria
O meu xará José Roberto
O Givanildo, até o Picapau estava dando uma de jogador
O Mané Garrincha queria jogar também
Nossa senhora, o Jaburu,
O que tinha de jogador no banco dos reservas não estava no mapa
Até o Pelé veio dos Estados Unidos,
Mas quem ficou mesmo na bronca foi o Armando Marques
Porquie fui eu quem apitei o jogo, saca


SÁBADO, 21 DE ABRIL DE 2012

Hino do Comercial Atlético Clube

Um dos símbolos mais significativos de um clube de futebol, além do escudo, do uniforme oficial e da bandeira, é o seu hino. Ao ouvi-lo, mesmo à longa distância, o torcedor mais fiel e apaixonado consegue identificar a canção que geralmente ele ouve na comemoração das vitórias e dos títulos. Desde 2010, quando conquistou seu primeiro título na divisão principal, o Comercial já o fez embalado pelo hino composto por França Gomes de Holanda.

Aliás, o autor tanto do hino oficial do Comercial quanto do rival Caiçara. E hoje, quando já contabiliza vários troféus em sua galeria, Jogando por Música traz o Hino do Comercial Atlético Clube, com a interpretação da Banda de Música Municipal Honório Bona Neto, da cidade de Campo Maior. Acompanhe o bonito hino comercialino através do trabalho que foi colocado no youtube pelo Baú do Buim, no portal Acessepiaui. Com edição de áudio/imagens de Alexandre Soares, da Studio Dois Tempos - (86) 8884-3206.


Comercial é time belo
Sabe vencer seus inimigos
Sabe controlar bem a pelota
Se caso perde
Ai, meu Deus, que castigo!
Comercial é time belo
Sabe vencer seus inimigos
Sabe controlar bem a pelota
Se caso perde
Ai, meu Deus, que castigo!
São onze os companheiros
Que sabem se compreenderem
Passinho aqui, passinho ali
E a goleada, meu Deus, faz pena se ver
Por isso eu digo com emoção
Azul e branco no meu coração!
E digo ainda com ele não tem igual
Vamos minha gente
Viva o Comercial!


QUARTA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2012 

Transplante Corintiano

Em 1968, o Corinthians já estava há quase 15 anos sem conquistar o título paulista. O jejum do time de Parque São Jorge, que havia sido campeão, pela última vez, em 1954, era uma dura realidade. E terminou irnpirando o apresentador de TV Sílvio Santos a compor - e também gravar - a marchinha carnavalesca Transplante Corintiano. Reviva conosco, na gravação orginal do próprio Sílvio Santos.


Doutor, eu não me engano,
Meu coração é corintiano!
Doutor, eu não me engano,
Meu coração é corintiano!

Eu não sabia,mais o que fazer
Troquei o coração, cansado de sofrer.
Ai! Doutor eu não me engano,
Botaram outro coração corintiano


SEXTA-FEIRA, 13 DE ABRIL DE 2012

O Hino do Oeiras Atlético Clube

Jogando por Música hoje traz prá você um dos hinos bonitos do futebol piauiense. Autoria de Lázaro do Piauí, o hino do Oeiras Atlético Clube teve duas gravações. A que você vai ouvir está na voz do saudoso Edvaldo Borges. A homenagem, então, ao povo de Oeiras e ao saudoso artista piauiense.

Oeiras Atlético Clube
Time valente do meu coração
Com garra, com muita fibra
Vai ser o nosso eterno campeão

Na história do futebol
No Piauí Oeiras tem a tradição
Quem foi nossa primeira capital
Também será a primeira em nosso futebol

O povo decidido e lutador
Merece ter um time campeão
Valente e forte como o Carcará
Oeiras é o clube do povão

Quando o nosso time vai jogar
Nossa vontade de vencer é que nos guia
Vontade que vem lá do nosso povo
Contagiando o nosso time com alegria

Oeiras vai jogar
O nosso povo vai lá
Vamos ganhar, vamos ganhar, vamos ganhar
Oeiras vai jogar
É dia de emoção
É campeão, é campeão, é campeão

DOMINGO, 8 DE ABRIL DE 2012

Prá frente Brasil

Em 1970, quando a Seleção Brasileira se preparava para disputar a IX Copa do Mundo, no México, o compositor Miguel Gustavo compôs Prá Frente Brasil. Embalada por esta canção, a torcida brasileira vibrou com Pelé e companhia na vitoriosa jornada que culminou na conquista definitiva da Taça Jules Rimet.

Infelizmente, a taça que conquistamos foi derretida. O compositor Miguel Gustavo já faleceu. Alguns daqueles heróis do tri também já não estão entre nós, mas a música que marcou aquela conquista ainda hoje é lembrada. E mantém-se como a cançao de futebol mais tocada em toda a história da MPB. É com ela que abrimos o quadro Jogando por Música. A gravação que reproduzimos é a original, feita pelo Coral de Joab.

Quanto a foto que ilustra o vídeo do youtube, identicamos, a partir da esquerda: Rogério Hetmanek (olheiro), Cláudio Coutinho (preparadof físico), Carlos Alberto Parreira (preparador físico), Félix, Joel Camargo, Leão, Fontana, Brito, Clodoaldo, Zagallo (técnico) e Admildo Chirol (preparador físico), em pé; Mário Américo (massagista), Rivellino, Carlos Alberto Torres, Baldochi, Wilson Piazza, Everaldo, Paulo César Caju, Tostão, Marco Antônio e Ado, na fila do meio; Edu, Zé Maria, Dario, Gérson, Roberto Miranda, Jairzinho, Pelé e Nocaute Jack (massagista), sentados.



Noventa milhões em ação
Prá frente Brasil
Do meu coração
Todos juntos vamos
Prá frente Brasil
Salve a seleção
De repente é aquela corrente prá frente
Parece que todo o Brasil deu a mão
Todos ligados na mesma emoção
Tudo é um só coração
Todos juntos, vamos
Prá frente Brasil, Brasil
Salve a seleção

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