quinta-feira, 3 de maio de 2012

Conheça Fábio Augusto, meia atacante do River

Fábio Augusto: experiência a serviço do River (Foto: Severino Filho).
Nome completo: Fábio Augusto de Castro Carvalho.

Local e data de nascimento: Niterói (RJ), 06/05/1972 (39 anos).

Estado civil: casado com Nádia, esposa desde o tempo em que era atleta junior do Flamengo. Tem dois filhos: Diego (21 anos) e Gabriel (15).

Altura: 1,80

Peso: 86 kg

Posição: meia e atacante.

Chuteiras: 40/41.

Clubes: Clube de Regatas do Flamengo (Rio de Janeiro - RJ), Olaria Atlético Clube (Rio de Janeiro - RJ), Guarani Futebol Clube (Campinas - SP), Clube Atlético Mineiro (Belo Horizonte - MG), Sport Club Corinthians Paulista (São Paulo - SP), Botafogo de Futebol e Regatas (Rio de Janeiro - RJ), Esporte Clube Vitória (Salvador - BA), Chernamorets (Rússia), Kalmar (Suécia), América Futebol Clube (Rio de Janeiro - RJ), Figueirense Futebol Clube (Florianópolis - SC), Sendas Pão de Açucar (Rio de Janeiro - RJ), Clube Atlético Juventus (São Paulo - SP), Desportiva Ferroviária (Vitória - ES), Paulínia Futebol Clube (Paulínia - SP) e River Atlético Clube (Teresina - PI).

Principais títulos: Campeonato Mineiro de 1996 (Atlético), Campeonato Paulista de 1997 (Corinthians), Campeonato Baiano de 2000 (Vitória), Copa dos Campeões de 2001 (Flamengo), Copa da Suécia de 2007 (Kalmar).

ONZE PERGUNTAS PARA FÁBIO AUGUSTO


Saudando a torcida tricolor, entre o goleiro Elias e o atacante Crislan (Foto: Severino Fiho)
De que forma você prefere jogar?
A última posição em que me dei muito bem foi jogando como um segundo atacante. É uma posição que eu gosto muito. Gosto de jogar ali, mais próximo da área, aberto, como segundo homem de ataque.

Qual o jogo inesquecível de sua carreira como atleta profissional?
È meio difícil, mas teve um jogo que me marcou muito: Botafogo e Palmeiras, pela semifinal da Copa do Brasil de 2001, no Maracanã. Foi um jogaço. Fomos para os pênaltis e eu era o segundo batedor. O Sandro, nosso primeiro cobrador, errou, e o Arce, o primeiro do Palmeiras, acertou. Eu, então, fiquei com aquela responsabilidade, pois, se errasse também, estaria praticamente tudo perdido. Mas fiz o gol e o Botafogo conseguiu passar para a final.

Uma grande alegria no futebol?
É inegável que foi quando assinei meu primeiro contrato como profissional no Flamengo. Foi uma coisa que batalhei desde os 12 anos. Vi muitos amigos indo embora, e eu fui ficando. Foram seis anos de espera por este objetivo que terminei alcançando. Lembro-me muito bem da época. Fui jogar um campeonato de profissionais pelo Olaria e, no meu retorno, logo no primeiro coletivo, o Júnior "Maestro", que era o técnico, foi até a diretoria e mandou me contratar. Eu até sou muito grato a ele. Quando estava voltando prá casa, foi passando aquele filme, desde quando cheguei à Gávea. Inesquecível.

E a grande tristeza, existiu na sua carreira?
Teve uma coisa chata que aconteceu na minha carreira, quando eu estava no Corinthians. A questão do doping, onde eu fui totalmente envolvido. Tentei preservar muito o médico do clube. Ele tinha errado e eu tentei encobrir a verdade. Quem acabou prejudicado fui eu. Hoje, com mais experiência, eu teria falado a verdade. Mas consegui provar que não tinha nada com aquilo e fui inocentado. Quando voltei da suspensão, fui chamado de drogado em vários jogos. Logo eu, que sempre mue cuidei e nunca precisei usar desse tipo de expediente para desempenhar meu trabalho. Sempre fui um atleta dedicado, preocupado com minha performance, nunca bebi, nem fumei, e me vi envolvido numa coisa que não devia.

O melhor companheiro que jogou ao seu lado?

Citaria dois. O primeiro deles foi quando vivi minha melhor fase, quando fui para fora do país. O Dedé Panterinha, que jogou no Vasco. Durante uns três anos fizemos um grande dupla de ataque. Ele fazia uma média de 15 gols por temporada e eu uns 8, 9. No Guarani, o Fernando foi também um ótimo companheiro, que me ajudou muito dentro do campo, dando liberdade para que eu não tivesse muitas preocupações defensivas.

Com a boa atuação no Rivengo, Fábio Augusto já é o novo ídolo da torcida do River.
Um gol inesquecível?
Contra o FC Copenhague, na Dinamarca, pelo Torneio Royal Liague, entre os países nórdicos. O gol deu a vitória a minha equipe, por 1 a 0, num chute muito bonito, com a bola entrando no ângulo. É um gol, inclusive, que eu busco para meu acervo.


Um adversário que tirava o sono do Fábio Augusto na véspera do jogo?
Não chegava a tirar meu sono, mas como era enjoado jogar contra o Felipe, que está hoje no Vasco da Gama. Teve uma época, quando eu estava no Corinthians, que o time atuava com três zagueiros - Antônio Carlos, Célio Silva e o Gilmar Fubá. Eu e o André Luiz jogávamos pelos lados e eu bai muito com ele. Dia desses ele encontrou com meus filhos no Rio de Janeiro e disse a eles que colocou muita bola entre minhas canetas. Mas eu também coloquei alumas nele.

Qual o melhor técnico que você teve, aquele que mais te impressionou?
Tive muitos treinadores, e cada um tem seu estilo. Mas posso citar alguns, como o Paulo Autuori, no Botfogo. Ele era um cara elegante, não precisava gritar, impunha respeito sem precisar xingar ninguém, ao contrário de outros treinadores que ficam te xingando, e eu não acho isso legal. Carlos Alberto Silva, do Guarani, tinha uma postura tátiva muito boa, o Nelsinho Baptista, no Corinthinas. Mas eu tive um treinador no Flamengo, o Zagallo, que não fazia nada demais. Não inventava. Ele fazia o simples e sempre deu certo. Acho que futebol é isso. Ele me impressionou muito pela maneira de trabalhlar.

Se tivesse que convocar uma seleção dos jogadores que atuaram ao seu lado, quem você convocaria?
Terei que deixar muita gente boa de fora, mas vamos lá: Taffarel (jogamos juntos no Atlético Mineiro); Marcinho (Guarani), Jorge Luis (Guarani) , Ronaldo (Atlético Mineiro) e o falecido Jefferson (Botafogo); Fernando (Guarani), André Luiz (Corinthians), Amoroso (Guarani) e Djalminha (Guarani); Petkovic (Flamengo) e Edilson (Flamengo).
 

Você cobraria pênalti com cavadinha?
Eu vejo isso como recurso. Acho que a cavadinha no meio do gol é um chute no meio do gol, só que um pouco mais fraco. Mas, se eu opto pela cavadinha, o goleiro pode não estar esperando. Mas se eu perder? Aí, para o torcedor, ele vai achar que foi irresponsabilidade. Eu acho que, numa decisão, onde tem muita coisa envolvida, você trabalhou muito para chegar ali, é melhor não arriscar. Eu tenho uma teoria minha que sempre deu certo. Só não vou falar como é, pois posso precisar aqui também.
 

Os dribles em demasia sobre um mesmo jogador, como o Neymar fez com o Pires, do São Paulo, você considera um desrespeito ao adversário?
Eu admiro o Neymar pela maneira objetiva como ele dribla, sempre prá frente, como foi contra o São Paulo, quando ele estava driblando em progressão. Eu , contra ele, ficaria paraado, não faria como o jogador do São Paulo, mas é um recurso que ele tem e cabe ao marcador achar uym jeito de parar. O Garrincha não fazia aquilo também? Acho que a arbitragem deve é proteger o Neymar das entradas que por ventura forem desleais. Embora eu também entenda que, indo para a Europa - e certamente ele irá -, ele terá que fazer um trabalho para ganhar massa muscular. Mas ele é muito bom jogador. Um dos poucos que pode chegar muito próximo do que fizeram Pele e Zico no futebol brasileiro.

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