terça-feira, 22 de dezembro de 2020

SEP vence jogo, mas Colorado é campeão nos pênaltis

Depois de oito anos, o 4 de Julho volta a festejar a conquista de mais um Piauiense (Fotos - Lucas Rufino / SEP).

E deu 4 de Julho na decisão de mais um Campeonato Piauiense. A festa do título foi para Piripiri. Mas, no melhor estilo Hitchcock, não faltou suspense e emoção até o desfecho de mais uma taça para o Colorado, depois que Picos venceu no tempo normal, por 3 a 1. Foi preciso a decisão por pênaltis, como há 43 anos, para que o campeonato mais demorado da história chegasse ao fim.

Precisando vencer, a SEP foi em busca da vitória desde os primeiros minutos. E não demorou para marcar. Eram 17 minutos quando Rhuann usou a cabeça para abrir a contagem. Faltava mais um gol para igualar o placar no “jogo de 180 minutos”. Mas o primeiro tempo reservaria somente esta bola na rede. Na fase final....

Após marcar de cabeça, Rhuann sai comemorando o primeiro gol da tarde.

Bem, na fase final, a bola mal começou a rolar e Ted Love empatou para o 4 de Julho, marcando seu 10° gol na competição. A artilharia estava assegurada. Faltava o título. Que parecia estar a caminho, pois tanto Vitor quanto Jaílson garantiam o 1 a 1 e já decorriam 35 minutos. Foi quando o técnico Adelmo Soares resolveu lançara sua última cartada, colocando Heitor em campo.

O jovem atacante não negou fogo e na primeira bola que chegou a seus pés, chutou sem chances de defesa para Jaílson. Faltavam 8 minutos e mais os acréscimos. Era preciso acreditar e a SEP ganhou sobrevida, chegando ao 3° gol já nos acréscimos, com Rhuann completando cruzamento da direita: 3 a 1 (empate de 3 a 3 no jogo de 180 minutos). O campeão sairia nos pênaltis.

Bem marcado, Raphael Freitas não conseguiu deixar sua marcar na partida final.

Até então, tudo parecia conspirar a favor dos donos da casa. Mas a sorte e a alegria mudariam de lado. Na hora dos tiros livres da marca do pênalti, Vitor ainda esboçou uma defesa, mas a bola escapou-lhe das mãos, enquanto Jaílson evitou o gol de Rhuann e a trave impediu que Heitor comemorasse mais uma vez. Final: 4 de Julho, campeão, 4 a 2. 

Como há 47 anos, o Campeonato Piauiense de Futebol da 1ª Divisão só teve seu campeão definido após a cobrança de tiros livres da marca do pênalti. Como em 1973, a conquista do título representou a quebra de mais um jejum: 4 de Julho campeão mais uma vez.

FICHA TÉCNICA

PICOS 3X1 4 DE JULHO (Campeonato Piauiense de Futebol – Fase Final – 2° jogo); Data: 22/12/2020 (terça-feira à tarde); Local: Helvídio Nunes (Picos); Arbitragem: Antônio Dib Moraes de Sousa, auxiliado por Rogério de Oliveira Braga e Janystony Rabelo de Melo.

Gols: Rhuann (cabeça) 17 do 1° tempo; Ted Love 50 segundos, Heitor 37 e Rhuann 49 do 2° tempo.

Obs.: como o 4 de Julho havia vencido o primeiro jogo com a mesma diferença de gols, a decisão do título efetuou-se pela disputa de tiros livres da marca do pênalti.

Pênaltis: Italo Picapau (4J 1x0), Jader (SEP 1x1), Ricardo Sena (4J 2x1), Esdras (SEP 2x2), João Pedro (4J 3x2), Rhuann (Jaílson defendeu), Maycon Douglas (4J 4x2) e Heitor  (na trave): 4 de Julho campeão piauiense de 2020.

Cartões amarelos: David Rocha, Raphael Freitas, Esdras, Rhuann, Andson (SEP), Tote e Dudu Beberibe (4J).

Picos – Vítor; Jader, Lucão (Carlinhos), Marcondi e Pitoco; Esdras, Idevan (Marquinho), David Rocha (Andson) e Rhuann; Raphael Freitas (Heitor) e Romarinho (Felipe). Técnico: Adelmo Soares de Brito.

4 de Julho – Jaílson; Totty (Cinelton), Edinaldo, Patrick (Maicon Douglas) e Diguinho (Eduardo); Vitor Recife, Ricardo Sena, Daniel (Maranhão) e Ted Love (João Pedro); Dudu Beberibe e Ítalo Picapau. Técnico: Emanoel Sacramento Filho.



2 comentários:

  1. Jogo final numa terça-feira à tarde? Tão sem noção e MELancólico, para fazer jus ao mel da cidade, isso! Atropelou tudo que quase ninguém estava sabendo que o título ou apelido que cabia nessa pandemia era o de campeão pandemônio, e ainda ganharam medalha de ouro por isso. O que um protocolo mal feito não faz! Em outros tempos, era festa de encerramento em Teresina e poucos comparecendo por envolver times do interior.

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  2. Quanto aos gols anotados pela SEP, a tônica foi a seguinte: de heróis prováveis (no tempo normal) a vilões improváveis (no tiro da marca penal).

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