Tendo o Leão como mascote, o Barras fez uma campanha histórica na Série C de 2007. |
Enquanto vive a expectativa do retorno ao futebol profissional, após ver seu time fora do Campeonato Piauiense de 2012, a torcida do Barras Futebol Club não esquece a melhor campanha de um time piauiense na Série C do Brasileirão, protagonizada pelo Leão do Marataoan, há exatos cinco anos.
Com um time forte e competitivo, onde o atacante Pantico se constituia em estrela de brilho mais cintilante, o Tricolor da Terra dos Goveradores fez uma campanha impecável até a terceira fase, terminando todas elas em 1° lugar. Somente no octogonal final é que o time desandou e não conseguiu o tão sonhado acesso à Série B. Mas foi inesquecível. Para Barras e o próprio futebol piauiense.
Festa barrense contra o Nacional de Manaus. |
Na 1ª fase, contra River, Sampaio Correa e Itapipoca, o Barras somou 11 pontos nos seis jogos disputados, contabilizando 3 vitórias, 2 empates e 1 derrota. Entre os resultados mais expressivos, goleada de 4 a 0 sobre o River, no Juca Fortes, e de 2 a 1 sobre o Itapipoca, fora de casa.
Na etapa seguinte, os adversários foram Ananindeua (PA), Fast Club e Nacional (AM). Novamente 1° colocado, com os mesmos 11 pontos, frutos de igual número de vitórias, empates e derrota (3, 2 e 1, respectivamente). Nesta segunda fase, o Barras chegou a vencer o Nacional, dentro do Vivaldão, em Manaus, por 2 a 1.
A torcida piauiense começava a sentir orgulho de seu representante. E o Barras não deixou por menos na terceira fase. Contra Nacional de Patos (PB), Coruripe (AL) e Tuna Luso (PA), tornou a fechar como lider absoluto, melhorando seu desempenho. Desta vez somou 13 pontos ganhos, resultado de 4 vitórias, 1 empate e 1 derrota. Em casa, foram três vitórias. Fora do Juca Fortes, uma grande vitória sobrfe o Nacional, por 3 a 2, e um empate dentro de Belém.
Pantico: um gigante na Série C de 2007. |
A liderança nas três primeiras fases fez do Barras um dos principais favoritos ao acesso. Mas a saída do Juca Fortes para o Albertão, por força do regulamento da competição, que exigia estádio com maior capacidade na última e decisiva fase, tirou um grande trunfo do Leão. E a classificação ficou pelo meio do caminho.
De positivo, as duas vitórias alcançadas, contra os dois representantes do futebol goiano, Vila Nova e Atlético, e o espetacular empate com o Bahia (2 a 2), dentro da Fone Nova, com 50 mil torcedores esperando a vitória do Tricolor da Boa Terra. O Bahia vencia por 2 a 1 quando Didi Potiguar empatou a 10 minutos do final.
As atuações do atacante Pantico também merecem uma citação toda especial. Poucos jogadores piauienses disputaram uma competição nacional com tanto brilho quanto ele. A ponto do técnico Paulo Cesar Gusmão vir a Teresina especialmente para contratá-lo (o que não se concretizou por vontade do próprio atleta).
Fora das quatro linhas, o apoio do então prefeito Manin Rêgo foi fundamental. Assim como o trabalho de Paulo Afonso, Robert Brown, Valter Maranhão, Manoel Cordeiro e Rômulo Araújo, a nível de diretoria, e de toda a comissão técnica, aqui lembrada nos nomes de Paulo Moroni, Flávio Araújo e Cristiano Carvalho. Uma campanha memorável que tão cedo não será esquecida.
Muito bom aquele ano. Lembro-me bem da campanha. O time ganhava, ganhava e avançava de fase. Avançou bastante, que nos encheu de orgulho... Mas aí caímos na real e triste mesmo foi o desfecho.
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