domingo, 1 de novembro de 2015

Timão, Galo, Tricolor, tudo isso é o finalista River

Galo, Timão, Tricolor, River, não importa como chama-lo. Seja como for, ele está na final.
O adjetivo Timão, que tanto tenho usado aqui no SITE DO BUIM, nas referências ao excelente momento por que passa o River, está repercutindo em meio aos torcedores piauienses. A primeira impressão, parece-me, é a de que o inventor do Timão sou eu. Até que gostaria, mas já comecei a frequentar estádios de futebol ouvindo a torcida do River chama-lo de Timão.
 
Certamente, e disso não tenho nenhuma dúvida, grande parte da torcida tricolor nem era nascida quando o Timão era cantado em prosa e verso. Mas quem tiver o livro Fatos e Fotos de um Campeão, autoria de José Alves Nunes Neto, não deve estranhar. A menos que não tenha feito a leitura do mesmo.
 
Pelo menos nas´páginas 104, 105, 110 e 140 - em menos de cinco minutos encontrei estas para citar o exemplo -, é possível ver manchetes dos jornais que referem-se ao River com o adjetivo Timão. Era a década de 1970 e, pelo que me consta, nenhum dos times montados pelo River, à época, chegou aonde este River de 2015 está chegando.
 
Certa vez, disseram-me que Timão é o Corinthians. Concordo, mas com ressalva. A questão originalidade é muito subjetiva. O próprio nome Corinthians é uma cópia do time inglês que jogou no Brasil em 1910. O nome River tem origem no River Plate, da Argentina, que foi homenageado pelos fundadores do time piauiense em face de, no final da década de 1940, ser o grande time da América do Sul.
 
Nem o Galo Carijó é original. O termo foi criado pelo saudoso presidente do River, Afrânio Nunes, que tinha grande simpatia pelo Atlético Mineiro, de Belo Horizonte. Como o Atlético é conhecido como Galo Carijó, Afrânio passou a referir-se ao River, também, como Galo Carijó. Aliás, foi só por isso que, em 1964, quando o Flamengo quebrou a hegemonia do River, à época hexacampeão, que a diretoria do Flamengo passou a chamar o Rubro-Negro de Raposa - que, por sua vez, já era o mascote do Cruzeiro.
 
Aliás, essa de Galo Carijó nem deveria ser a do River. Não sou estudioso do mundo animal, mas a principal característica do Galo Carijó é a sua plumagem preta e branca. É por isso que o Atlético Mineiro é Galo Carijó. E o River, do meu conhecimento, nunca vestiu preto e branco. Sempre teve o vermelho entre eles, para caracterizar a sua combinação tricolor. Nesse quesito, prefiro só Galo. A menos que o River passe a ser alvinegro.
 
Já o chamaram de Tricolor de Aço (a torcida do Bahia já o chamava assim muito antes), Tricolor da Garotada (esse é o Fortaleza há muito mais tempo). Mas nada disso, nenhum adjetivo, apelido, nada disso é mais significativo diante do momento impar que este grupo está proporcionando ao futebol piauiense em 2015. Todos os adjetivos fazem parte da história do River, mas vou ficar com o Timão. É o termo que mais gosto entre tantos que inventaram para o River ao longo de sua história.
 
Severino Filho - Buim
         Editor

P.S. - A propósito, publicamente, gostaria de sugerir ao companheiro de imprensa, Dídimo de Castro, que reprise em seus programas, na Rádio Pioneira, a sua narração do histórico gol que garantiu o título de 1973, marcado por Derivaldo, na decisão por pênaltis com o Tiradentes.



2 comentários:

  1. Buim, parabenizo pela explicação. Deveria ser considerado pela assessoria do River e ela se pronunciar a respeito, afinal ela que cuida das memórias do clube.

    Também tenho uma explicação para o termo (esse eu criei): TRICOLOR está no hino, galo (ou qualquer outro) não. Pelo hino não sabemos quem é o mascote do RIVER, talvez não fosse importante na época. DA MASSA seria um jogo de palavras com o objeto social da empresa do presidente afastado. Acho interessante e deveria ser levado para uma Assembleia junto ao Conselho Deliberativo, mas os temas são outros, né?

    OBS.: Já que o compositor está dando entrevistas à beça, deveria aproveitá-lo para fazer uma remodelagem no hino e exaltar essa conquista. Sou adepto dessa campanha.

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  2. Já a minha criação é "Galo véi do bico quebrado do Mano JD=BB", e AI e UI!!, como diz CSAID!!!! E outras como: "Flamiguébuchadaparaguaia" e por último, qdo da importação do Guarany Juazeiro, "Rubro negro da Kombi", onde a velha kombi foi o veículo utilizado para o transporte(ida e volta) da mini delegação que, por sinal, foi muito bem pois quase fomos campeões da temporada 2015!!!! Um abraço aos amigos!!!

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