Rodrigo Dinamite: sombra do pai é o maior desafio

O River anunciou a contratação do atacante Rodrigo Dinamite, filho de Roberto Dinamite, um dos maiores artilheiros da história do futebol brasileiro. Se depender de DNA, não tem coisa melhor para o Galo buscar o sucessor do artilheiro Viola, mas também é este DNA que provoca a pergunta que não quer calar: a sombra do pai famoso ajuda ou atrapalha?

A expectativa de todos os riverinos é positiva. Espera-se que o garoto, hoje com 25 anos, possa repetir, com a camisa do River, o sucesso que o pai teve como atleta do Vasco da Gama. Se este for o seu destino, ótimo. O futebol do Piauí estará enriquecido com um artilheiro nato. Seu sucesso também servirá para apagar algumas lembranças amargas de casos semelhantes ao seu.

No início deste século, o Piauí anunciou o jovem Dadazinho, filho do folclórico e indiscutível artilheiro Dadá Maravilha. O peso do nome do pai foi maior e Dadazinho teve uma passagem das mais obscuras pelo Enxuga Rato. Exemplo mais recente foi Vivinho Silva, filho do ex-atacante Vivinho. Dele, talvez não tenha ficado nenhuma lembrança.

Casos semelhantes são comuns no futebol. Poucas vezes o DNA consagra o sucesso do pai e das gerações seguintes. O caso mais recente do futebol piauiense teve no jovem Lucas Bacelar o foco das atenções. Filho de Sima, o maior goleador do norte/nordeste, não repetiu o mesmo desempenho do pai, mas, assim mesmo, marcou gols e foi campeão.

No caso de Rodrigo Dinamite, não precisa ser um papel carbono do pai, mas dele também espera-se dedicação, amor à camisa, disposição incessante para defender as cores do River. Os gols? É como diz aquele samba: "...deixa acontecer, naturalmente...".

Severino Filho (Buim)
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