sábado, 20 de fevereiro de 2016

Para Santos, um minuto de silêncio, saudade e gratidão

Neste Tiradentes de 1974, Santos era um dos expoentes. Em pé - Toinho, Gilson, Ronaldo Alves, Almir, Célio Rodrigues e Bitonho; agachados - Sima, Maranhão, Miltão, Assis Paraíba e Santos.
Na semana de mais um Rivengo, o maior clássico do futebol piauiense, tanto River quanto Flamengo perderam um de seus grandes ídolos do passado. Faleceu na última quarta-feira (17), em Fortaleza, vítima de um fulminante infarto no miocárdio, o ex-atacante Santos, o Santos Preguiça para os mais íntimos.
 
Jogador de extrema habilidade, driblador dos mais notáveis que passou pelo futebol do Piauí, Santos chegou por aqui em 1972, para defender o Parnahyba no Campeonato Piauiense. Começou a fazer história ali mesmo, no Estádio Petrônio Portella, tornando-se o principal goleador azulino naquela temporada, onde chegou a assinalar cinco gols em um único jogo.
 
Logo seu futebol chamou atenção dos grandes da capital e o Tiradentes o contratou. Com a camisa do Amarelão da PM, fez furor nas defesas adversárias, não importando se o jogo era do Campeonato Piauiense ou do Campeonato Brasileiro. Terminou bicampeão piauiense em 1974 e 1975.
 
Num Tiradentes e América do Rio, quando o time carioca ainda era um dos grandes do futebol carioca, teve uma atuação inesquecível, marcou dois gols e foi um dos principais destaques da partida, ao lado de Roberval, seu companheiro de ataque. Mais tarde Santos vestiria a camisa do Flamengo, do River, sempre com o mesmo brilho. Terminou conquistando outro bicampeonato, desta feita pelo River, em 1977 e 78.
 
Voltaria ao Flamengo no início da década de 1980, para posteriormente regressar a Fortaleza, sua terra natal, onde nascera no dia 08 de julho de 1951. Uma última vez ele tornou a pisar o gramado onde foi ídolo: na noite de 26 de agosto de 1998, quando uma seleção cearense de máster enfrentou a do Piauí na mesma categoria, pelas comemorações dos 25 anos do Estádio Albertão.
 
Na última quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016, o coração de José Ribamar Nogueira dos Santos parou. Foi-se o homem, foi-se o ídolo, ficou a eterna lembrança de um dos maiores dribladores que o futebol piauiense já viu. Para ele, antes da bola rolar no Rivengo deste domingo, um justo minuto de silêncio, de saudade, e de perene gratidão.

Um comentário:

  1. Grande jogador, um verdadeiro "craque" na acepção da palavra. Driblava muito bem e articulava grandes jogadas. Agora, na velocidade só perdia para o Ademir da Guia.!!!!

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