sábado, 19 de novembro de 2016

Segurança nos estádios abre workshop da Federação

Durante toda a sexta-feira (18), autoridades, dirigentes de clubes e membros de torcidas organizadas estiveram reunidos no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí (OAB-PI) para acompanhar a palestra “Marco de Segurança no Futebol”, realizada pela Federação de Futebol do Piauí (FFP), com o apoio da OAB-PI e do Tribunal de Justiça Desportiva do Piauí (TJD-PI). O evento marca a abertura das comemorações do Centenário do Campeonato Piauiense e faz parte da programação do “Workshop Futebol Piauiense: Temas e Debates”.
 
A palestra foi ministrada pelo major da Polícia Militar do Pará, Luiz Octavio Lima Rayol, especialista em segurança e um dos coordenadores do Guia de Recomendações para Atuação das Forças de Segurança Pública em Praças Desportivas, do Ministério da Justiça e Ministério dos Esportes. A segurança nos estádios e as ferramentas legais de enfrentamento à intolerância desportiva foram alguns dos temas abordados.
 
O major comentou sobre a origem das torcidas organizadas na Europa, sua influência e similaridade no Brasil, bem como a semelhança com os black blocs brasileiros das manifestações de 2013 pelo passe livre e os Hooligans ingleses, no que se refere à violência praticada por torcedores. Também foi pauta de discussão a Portaria nº 290 do Ministério dos Esportes, que trata sobre os laudos técnicos dos estádios.
 
De acordo com o presidente da FFP, Cesarino Oliveira, a segurança se tornou um marco preocupante em relação à evolução do futebol. “Em 2015, nós evoluímos para uma série seguinte do futebol brasileiro e isso fez com que nosso estado recebesse jogos da série C e D. Com isso, tivemos alguns problemas que vemos no mundo e no Brasil, como agressões entre polícia e torcedores. Não é isso que queremos pro futebol. Queremos que as famílias possam frequentar os estádios com seus filhos menores, para que eles sejam os torcedores do futuro”, disse o presidente ao afirmar que a segurança é o desafio atual a ser encarado no futebol.
 
Para Danilo Félix, da torcida organizada Esporão do Galo, do River, a palestra foi importante para esclarecer que o problema da violência dos estádios não é apenas das organizadas. “Muita gente hoje está indo pra casa com outro pensamento. Internamente nós temos nosso horário de concentrar, sair para o estádio e voltar para a sede. Fazemos a coisa de forma organizada internamente. Só que o maior problema aqui não é a torcida organizada. Infelizmente somos os vilões. Mas se formos colocar na balança, o mínimo de organização é o principal problema. Os órgãos de segurança e demais envolvidos nos jogos precisam se organizar mais. A FFP deu um grande passo com esse evento e espero que tenham outros para que possamos melhorar o futebol no nosso estado”, comentou.
 
Participaram da mesa de abertura o presidente da FFP, Cesarino Oliveira; a promotora Maria das Graças do Monte Teixeira, representando o Ministério Público; o representante do PROCON, Edivar Cruz Carvalho; o presidente da Comissão de Arbitragem, José Steiffel; o presidente do TJD-PI, Luciano Benigno; Samuel Araújo, do 4 de Julho, representando os clubes filiados à FFP; o delegado Thalles de Moura Gomes, representando o secretário de Segurança Pública, Fábio Abreu; e Danilo Félix, da Esporão do Galo, representando as torcidas organizadas. 
 
Como forma de subsidiar as autoridades de segurança, a FFP irá apresentar um documento com os principais pontos debatidos na palestra para que estes possam se organizar e enfrentar os problemas que possam surgir em dias de jogos na temporada 2017.

Fonte: Assessoria da FFP
 

Um comentário:

  1. Como afirmara idos 2015, parece que prepararam esse “pão e circo” pra marcianos. Só quero ver que conclusão chegarão se não dará em absolutamente nada, assim como foi o I Fórum de Futebol Piauiense em 2010 (da Apcdep no auditório do Tribunal de Contas), Possibilidades de Investimentos e Alavancagem do Futebol Piauiense em 2012 (do Flamengo no Metropolitan Hotel), e posteriormente o Encontro da Crônica Esportiva do Piauí em 2015 (da Apcdep no Auditório da Secretaria Municipal de Educação, no município de Campo Maior)! Alguns vão lembrar, mas a maioria vai esquecer o que se passou aí, porque os organizadores devem para a opinião pública suas respectivas cartas de intenções. É só ver que Ouvidor de competição específica fica acumulando funções como se bico fosse e não se mostra eficiente a tudo que se propõe.

    Pega a cobertura da imprensa escrita falada e televisada, os temas abordados praticamente não sofreram repercussões com cobertura em tempo real do evento. Também pudera: sairia alguma matéria interessante nessa confraria? Desçam desse pedestal maravilhoso e caiam nos braços dos torcedores! Antes de pedir a cabeça de dirigente, não seria melhor cuidar dos gatos pingados da categoria no evento? Dobraram a voz para prestar solidariedade à Federação. Será que a PM aceitaria darem pitaco sobre o trabalho dela?

    A reação diante da receptividade pífia foi a mais destrambelhada a se imaginar. Disseminou-se a quantidade de patrulheiros de plantão da imprensa, dando uma de escrutinador chaleira fofoqueiro para lamentar ausência da PM, tão logo do “desinteresse” dos dirigentes na palestra. Apenas a Esporão de torcida organizada esteve por lá para salvar a pele de outras organizadas, sendo que existem rivais que ficam roubando bandeira de outra e não tomaram providência com isso...

    Por que não sentiram faltas de governador, prefeito e presidente da Fundespi, mais especificamente, por serem tratados como futuros homenageados (mais uma vez e como se fizesse falta pra eles) e contribuidores de outros municípios pelo centenário sem ter nada que vem aí? Alguns desses homenageados pararam para ouvir “uma aula” desse major?

    Mandaram o convite para um monte de autoridades da área de grande presença, pra holofote nenhum botar defeito, qual foi o resultado disso, qual foi o público? Será que ultrapassou a quantidade de não-pagantes por jogo no campeonato estadual? Já sei, quando se iguala quem paga e quem entra de graça, os bacanas arranjam mil e uma desculpas! Levando em conta que a agenda de trabalho funcionou como entrave para comparecimento de alguns dos possíveis interessados, de presidente titular mesmo só o de Timon participou da solenidade!

    É notório que as pautas não atenderam a demanda dos piauienses. Aproveitando até o espírito de debates, se fosse com mestre cervejeiro da Ambev, mesmo que numa sexta qualquer, com tarde para degustação da saideira, encostava até subcelebridade da política e colunista social.

    Se quisessem um argumento razoável, eu forneço: passeata pedindo a volta das famílias aos estádios de futebol piauiense seria mais bonito. A lamúria pela ausência de gente importante foi o epicentro do debate? Como? Se já quer fazer observação ao estatuto do torcedor como justificativa ao não-atendimento de tudo que lhe ordenam, até porque faltam exemplos internos para contrapor realidades.

    Perceba a polêmica que se tentou levantar nesse workshop: comparar torcida organizada com black bloc é o mesmo de admitir clube e facção criminosa na mesma laia!?; na estada, o major fez vistoria nos principais estádios do estado, naquele sobe e desce infernal de barrancos para se chegar até o Albertão e atestar se aquilo é seguro para o torcedor?

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