ESTRÉIA SATISFATÓRIA
Silva Meneses *
Ante um adversário forte e apoiado por vibrante torcida, o RÍVER obteve bom resultado ao empatar com a equipe de Floriano. Deveras, o CORI-SABBÁ não é mero figurante ao disputar o campeonato piauiense de futebol profissional neste ano de 2013. Trata-se, ao contrário, de time bem composto (atletas, física e tecnicamente, hábeis) e bem armado.
Valha-se da franqueza: com efeito, por um deslize do esforçado e talentoso ANDERSON KAMAR, o tricolor não trouxe uma vitória da Princesa do Sul. Entrementes, angariar um ponto, jogando fora, constitui apreciável perfórmance.
Apedeutismo demonstram aqueles que apontam, no início do certame, dedo em riste, o(s) culpado(s) pela perda de dois pontos. Assim pensam e agem os pacóvios. Seria repreensível temeridade tentar identificar responsáveis, (des)qualificando a atuação, individual ou coletiva, do grupo. Jogadores e comissão técnica revelaram entusiasmo e garra. Deles não se deveriam exigir mais do que isso.
Nenhuma responsabilidade pode ser atribuída àqueles que suaram a camisa no campo e no banco de reservas, notadamente o treinador e seus auxiliares.
Todos estiveram imbuídos dos melhores propósitos. Fôlego de profissionais disciplinados foi observado. Só mesmo quem não entende nada do desporto pode precipitar-se em adoção de medidas, como modificar o elenco.
Existem rumores de que mentecaptos dirigentes do clube riverino estariam cogitando dispensar o técnico ANÍBAL LEMOS. Isso não parece crível. Contudo, se for procedente a informação, será mais uma absurdeza praticada pela diretoria, formada por cidadãos que mais almejam projetar-se política e empresarialmente do que apoiar a agremiação. Ora, despedir o treinador, neste momento, importaria em:
1) desajustar o plantel;
2) abalar o estofo emocional dos atletas, que ficariam sem firme comando por algum tempo;
3) enfraquecer o escrete para a jornada diante do BARRAS, daqui a uma semana;
4) desdenhar a torcida, que confia e acredita no experiente e credenciado ANÍBAL LEMOS;
5) demonstrar desequilíbrio gerencial (“instante de crise demanda estabilidade para um ato decisório”, ensinam os manuais de Administração);
6) favorecer os rivais, que encontrarão um time desarticulado;
7) propagar o desânimo;
8) fomentar a cizânia;
9) trabalhar contra a coesão;
10) dividir os torcedores, entre os fiéis ao clube e os lacaios dos diretores;
11) merecer o veemente anátema deste comentarista. Indaga-se pertinentemente: por que, em vez de uma destituição, os senhores dirigentes não propõem uma renúncia. Deles, naturalmente.
__________________________________________________________* Bibliófilo.